Quando a gente olha por fora, à distância, muitas vezes nem reconhece aquilo que só se via de bem perto, por dentro. Isso vale para as cidades e para as pessoas.Salvador (BA), vista da ponta de Humaitá, no bairro da Ribeira, Baía de Todos os Santos.
Esse monte na cidade de São Félix (BA) parece uma vila de brinquedo, como que feita com casinhas de papelão, tudo montado a mão, com carinho artesanal. Tem algo de presépio nordestino, não sei, cheio de firulinhas, um mundo pequenino e colorido, delicado, vivo.
Entre Piaçabuçu e Penedo, tem uma hora que a estrada fica assim, reta, retinha, comprida, com cara de sem-fim, desenhada igual os traços do meu caderno de perspectiva da escola, tudo como está lá: o horizonte, as linhas concorrentes, o ponto de fuga e outras coisas do tipo que a maioria dos professores aprendeu a não dar importância - fim de tarde, contraluz, preto e branco em cores, estados alterados de consciência.
Quem é Tchory? Ora, é uma amiga muito querida que fez aniversário ontem. Escolhi essa foto porque acho que é um lugar lindo que ela adoraria conhecer.Praia do Gunga, Barra de São Miguel, Alagoas.
Esta é a igreja cujos telhados apareceram no post de ontem. Recentemente restaurada, ela ostenta um raro elemento arquitetônico, que é esse terraço na entrada, chamado 'copiar'.
Achei esses telhados muito, muito bonitos. São da Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, em Cachoeira (BA), construída no final do século XVI e uma das mais antigas do Brasil. No próximo post eu mostro uma geral dessa igreja pro'cês.
E o Sílvio perguntou: "Quer trocar o automóvel zero por este jumento novinho em pelo?" O moço com cara de bobo e um par de fones nos ouvidos gritou inocentemente, sem fazer idéia do que estava escolhendo: "Siiiiiiiiiim!" Sílvio disse "Ra-rái!", encerrou o jogo e mandou trazerem o freguês do Baú para o palco, onde o coitado terminou de pagar o mico, testemunhando o que perdeu e fazendo a delícia de milhões de espectadores.Para quem não lembra, o lance aqui é uma brincadeira com um quadro que havia no Programa Sílvio Santos nos anos 80, onde os fregueses do Baú ficavam dentro de um foguete com janela de vidro, sem ver nem ouvir o que se passava no palco. O apresentador começava a mostrar mercadorias e o freguês só tinha que esperar acender uma luz vermelha e responder "sim" ou "não" em um microfone. Sílvio Santos deitava e rolava oferecendo automóveis que eram trocados aleatoriamente por todas as tranqueiras que se possa imaginar. Era difícil alguém sair contente do palco depois de passar pelo foguete. O mais comum eram as pessoas levarem como prêmio garrafas vazias, galinhas vivas (ou mortas!) e cachos de banana... Paciência. Os participantes eram inocentes até certo ponto. Todos sabiam o risco que corriam.
O rio que corre por milênios rasga o chão e forma um vale. Como pode uma cicatriz na terra, uma artéria que ainda jorra - esse rio - ser algo tão belo? Talvez pela vida que brota - ao invés de se esgotar - nela.Vale do Rio Paraguaçu, região do Recôncavo Baiano.
Olhe a tempestade passando e ouça o que ela tem a dizer.
Essa bela renda colorida, tecida com formas tão peculiares, se chama filé e é originária do Estado de Alagoas.
É bom quando a gente descobre que é ator e pode usar máscaras para brincar de viver: uma máscara, duas, três, quantas quiser e precisar. Triste é quando a gente nem percebe que tem uma máscara colada no rosto e acredita que nunca vai poder ser nada na vida além daquilo que a máscara representa.Agradecimentos à turma da Oficina de Teatro para a Criança e a Juventude (SESC-Centro, Maceió-AL).
Pai e mãe, céu e terra, dia e noite, criar e acolher, sonhar e realizar, amar e viver. Quem viu, viu, quem não viu, verá.Escultura de Francisco Brennand, diante do Marco Zero da cidade do Recife.
Mais um farol da baía de Todos os Santos. Este é pequenino - deve ter uns quatro metros de altura - e fica na ponta do Humaitá, diante da Igreja de Nossa Senhora de Mont Serrat, próximo ao bairro da Ribeira. Como acontece no farol da Barra, aqui também se enche de gente pra assistir o por-do-sol.
Esta é uma vista daquele famoso farol que aparece nas propagandas de turismo sobre a Bahia. Ele fica no interior de um forte e raramente é mostrado assim, pelo lado de dentro do forte.
Preto e branco não é falta de cor. E esta foto não é em preto e branco. Aconteceu que, como a tarde estava prateada, as cores de todas as coisas se encantaram e resolveram sintonizar com a tarde. Daí esse preto, aquele branco, todos esses tons de cinza, sem falar na prata prateando e na beleza abraçando tudo.
Cupinzeiro, formigueiro, genteiro, cantos de morar amontoados, desorganizadamente organizados. A foto é no Parque São Brás (Salvador-BA). Mas isso a gente vê em qualquer cidade grande, subindo pelos morros, se espalhando pelas planícies.
Acredito que a Páscoa significa renascer das cinzas, acordar de um sono/sonho mórbido que parece não ter fim. Desejo a você que me visita - e a todos que navegam conosco nesta existência - a felicidade mais plena, a vida mais bela. Na foto, uma mandala luminosa das calçadas de Cachoeira (BA).
Nas margens de uma estrada, apático, Judas aguarda a malhação. Cansou-se de repetir - sem que lhe dessem crédito - que não é a morte dele que educará os corruptos ou que evitará que estes corrompam os inocentes que continuam a chegar no mundo.
Contemplação. Reflete-se sobre prisões, sobre tortura, sobre punição, sobre assassinatos em nome do medo disfarçado de Poder. Hoje é dia de observar como cuidamos do que há de Cristo em nós.
A lua hoje está assim. E priu!
Já vi curral no mar, nunca vi curral no rio. Esse curral é uma armadilha, um caminho que termina nele mesmo, mas também é uma seta, apontando para o mar. Escolhe, peixe. Curral que te prende ou que te liberta?
Por que que reclamar do cão que fez o cocô que acabamos de pisar, se esquecemos - ou nem abrimos os olhos para ver - que há cães livres nos caminhos que escolhemos.
Passei uma semana mudando da casa, sem conexão, sem tempo, sem paciência, sem juízo... argh! Tá bom! "To aqui traveis". Seguem abaixo três posts dedicados - por razões diversas - a umas gentes muito queridas que moram há algum tempo na minha vida.
Tchory já tem um mar novo todo dia na casa dela, mas achei tão bonita a sabiada que ela escreveu pra mim, que resolvi dar esta beirinha de mar pra coleção dela.
Essa lua em Penedo vai para minha mana Paty, meu sobrinho Lucas e pra cada um que encontra sabor em se deixar encantar por um luar.
Esta casa grande não tão grande, construída nos pés de uma mata bonita em Bonito está aqui para marcar o aniversário - que eu esqueci - da minha querida amiga Fá-ccetti, coração de artista, fã de Bonito, de engenhos, de natureza, de cultura, da vida, fã d'eu e eu fã dela.
Impossível? O que é isso?Ei, pare! Não responda!Não quero saber!
"Isto sim é que é poleiro!""Sem dúvida! Espinhas-de-peixe são tudo de bom!""Não sei que graça eles vêem nas parabólicas.""E falam que estão evoluindo!"
Lá vem a lua surgindo, feito um rasguinho no céu.Não é lua, nem rasgo ou nada, é só um riso sorrido ao léu.