quarta-feira, maio 02, 2007

Não é nada de mais...



















Dizem que nos países de Terceiro Mundo a gente corre um risco maior de ser atacado por alguém ou alguma coisa. E nos "outros mundos" será diferente? Bom, entendo como sendo Primeiro Mundo aquele lugar ou aquele povo que, do alto de sua evolução, franqueia A TODOS a possibilidade de usufruir de segurança e bem estar (felicidade, paz, prosperidade emocional e coisas assim). Então, é bom repensar o conceito de que países, só porque são tremendamente ricos e poderosos fazem realmente parte de um suposto Primeiro ou Segundo Mundo pois, apesar do que se costuma falar, basta observar atentamente para ver que tais povos, nas entrelinhas de suas ações, não diferem muito daqueles que chamam de bárbaros terceiro mundistas. Bárbaros com quem aqueles adoram negociar e dos quais sempre escondem suas intenções, sua verdadeira face. Frieza, emoções calculadas, violência comprada, corrupção de quem oferece e de quem aceita o preço para cometer crimes, justiça baseada em interesses recíprocos. Sob uma máscara de circunstâncias chamada "sucesso" - o que é sucesso? - as chamadas grandes potências comumente minam o que há de humano naquilo que tocam, desde a agricultura à tecnologia. E o mais incrível é ver que há tantos de nós que seguem tal padrão atitudinal, como que ansiando por esse toque de "sucesso", esse contato "redentor" que cremos haverá de compensar nossa baixa auto-estima, verdadeira praga entranhada em nossos costumes desde tempos coloniais onde o estrangeiro nos parecia ser o que havia de mais próximo do exemplo de realização pessoal, parentes próximos de Deus, habitantes de alguma região qualquer perto dos céus, onde neva e as pessoas são louras e de olhos claros. Ah, que tolos fomos e ainda somos... Ninguém nos disse que não há estrangeiros neste planeta-barco, pois todos compartilhamos deste lugar tão pequeno no meio do nada, uma ilha esférica e limitada da qual todos ususfruem a mesma terra, água e atmosfera, espécie de mundo-condomínio onde todos estão sujeitos às consequências de tudo o que aqui se faz, construindo ou destruindo os recursos a princípio disponíveis a todos. Enfim, triste de quem se isola para construir uma riqueza material extrema sem ver que, para isso, mergulha no mais extremo aviltamento do espírito; triste de quem proclama progresso e evolução sobre multidões miseráveis, árvores arrancadas, rios e mares poluídos, animais espoliados e mortos, escombros ainda mornos do planeta que acolheu quem mesmo hoje não percebe que tanta destruição decorre dessa tremenda pressa em POSSUIR e de um enorme desprezo ao SENTIR. Tristes de nós que nem mais nos autorizamos a reconhecer nossa própria tristeza, iludidos pelo tumulto imposto da alegria plastificada, da aparência pre-programada e da correria desenfreada, adrenalínica e hipervalorizada de nós todos rumo a lugar nenhum.

3 comentários:

Luiz Felipe Botelho disse...

Indeed, partner.

Anônimo disse...

... too.

Luiz Felipe Botelho disse...

Yeah, dear old friend.