domingo, agosto 05, 2007

Interiores e sertões

Nem todo o interior nordestino é sertão e nem todo sertão no Nordeste é feito de areia e espinho. Você vai ver isso em muitas fotos a seguir. Por outro lado, o romantismo interiorano que havia nessa região vem perdendo a força aqui e ali. Parece que ninguém é poupado pelo poder do que as antenas parabólicas trazem com elas, sejam conteúdos construtivos ou não. Fico imaginando o futuro. Temo pelo modo como os que moram no interior olham para nós urbanos e tentam imitar isso que tantos chamam de "progresso" e "desenvolvimento". Metrópoles pagam um preço alto para serem como são, pois se constróem sobre a miséria humana e ecológica. O resto é só aparência e publicidade bem feita.























































12 comentários:

ninguém disse...

um dia vou lá
O silêncio é de ouro em muitas ocasiões. Qd, p ex, se tem ym punho fraturado dps de um segundo tombo em 5 dias e tendinite bo braço direito.É. Catar milho é difícil pra acompanhar as idéias, mesmo as + confusas.
Deixo este texto até poder voltar.
Pensen positivo, to precisando

Luiz Felipe Botelho disse...

Fica bem, Maristela.
Conta desde já com meus melhores pensamentos como ajuda para dar a volta por cima desse acúmulo de chateações.
Beijão pra ti

Eu não sei, você sabe? disse...

Felipe, adoro suas fotos!

Amei a das casas com suas"orelhas" parabólicas!

um beijo
tita

Thelma disse...

As fotos estao lindas, Felipe! Retratam muito bem a beleza do interior de Pernambuco.
Teu olhar é super aguçado e talentoso! Parabéns!

Anônimo disse...

quanto foto bonita, sócio!
quanta parabólica feia!
quantas flores lá embaixo!
quanto tempo que não venho aqui...

abraço,

Luiz Felipe Botelho disse...

Agradecido, Tita!
Essa foto das orelhudas também é uma das minhas preferidas.
Beijão

Luiz Felipe Botelho disse...

Gracias Thelma!
Fico muito lisonjeado (poxa, há quanto tempo não vejo essa palavra por aí, mas é assim mesmo que me sinto com esse comentário).
Beijo!

Luiz Felipe Botelho disse...

Valeu, sócio!
Sempre bom receber os amigos por aqui.
E fica sereno sobre o "faz tempo que não venho aqui". Estou te devendo visita também.

Maroto disse...

lembrei de um filme dos anos 70 chamado Bye, Bye, Brasil, você já assistiu? Chamavam as antenas de TV de espinhas de peixe (não eram as parabólicas, aquelas só pegavam a Globo). Enfim, o fenômeno não é novo, mas não menos impactante por isso. A pergunta bem de urubu que eu quero te fazer é: você também não optou por viver no interior bucólico, né, não?

eu sei que eu sou uma Urubua chata... mas conte a meu favor que eu gosto do teu blog e estou feliz por tê-lo encontrado de novo

Luiz Felipe Botelho disse...

Bye bye Brasil é muito legal. Tem tudo a ver sua lembrança, urubua. O circo vazio na cidadezinha porque todos estavam na praça assistindo novela, José Wilker fazendo nevar no interior do Nordeste, aquele caminhão eletrificado cheio de neon. Sinal dos tempos. Pra mim ainda é o melhor filme de Cacá Diegues.

Sobre a pergunta que fizeste, adoraria morar no interior bucólico, mas ainda não posso. Não sei como viabilizar isso. Mas espero que surjam possibilidades. E que eu não precise me aposentar para isso. :D
Agora, não sei se é o seu caso, mas toda vez que critico a nossa decadência social, ficam achando que não gosto de tecnologia nem de certos confortos que ela proporciona. O que me choca é o modo como o ser humano é colocado em segundo plano quando se fala em desenvolvimento. E aí vem a questão: o que é "desenvolvimento" se milhões de pessoas ainda morrem de fome, moram com ratos e baratas em locais sem seneamento e são mal atendidas nos hospitais públicos pelo país afora. E nem toquei na questão da violência, da corrupção, do desamor.
Buscar o interior bucólico, para mim, é o simbolismo da minha esperança em que nós todos, cidadãos, cada um com seu próprio jeito de ser, encontre em si mesmo a beleza da existência, coisa que não está numa tela de TV nem em qualquer outro gadget tecnológico, quando muito nada mais são que espelhos paupérrimos de algo muito maior que levamos em nós.

Anônimo disse...

Te cuida Fili
teu pai tá enxutão viu.
Bjs
Silvia Paiva

Luiz Felipe Botelho disse...

Cuma, Silvoleide? Mais do que me cuido? Só se me congelar.
Beijão