terça-feira, outubro 31, 2006
Ação
Não vou esperar pelos políticos. Sei que posso dar um primeiro passo na direção dos meus sonhos possíveis. Qualquer movimento. Unzinho só, por menor que seja, afinal sei que meus movimentos estão meio atrofiados pela falta de prática de realizar. Nada que o exercício não recupere. E se eu não conseguir me mover explicitamente, quero ao menos me lembrar de desejar ardentemente que a vontade de agir me possua. Desse ato de amor haverei de parir um gesto-semente, um movimento que cresça e me conduza feito um olho dágua que haverá de ser rio e também mar. Sim. Quero experimentar agir, na alma, na mente, no corpo, no espaço-tempo. Já. Agora. E amanhã, e depois, e sempre. Sempre. Sempre.
Na foto, cena da peça, 'Quem tem, tem medo'. Com Viviane Madureira, Irandhir Santos e Arilson Lopes.
segunda-feira, outubro 30, 2006
domingo, outubro 29, 2006
sábado, outubro 28, 2006
Quentura
A primeira vez que Vânia se deparou com um potinho de wasabi (*), pensou que aquilo era patê. Pegou uma faca e tascou uma porção generosa em cima do primeiro tekamaki (**) que comeu na vida. Como aquele restaurante japonês era um universo novo também para mim, fiquei só olhando. E vi minha amiga, depois de começar a mastigar o inusitado canapé, arregalar os olhos e logo em seguida esconder o rosto atrás das mãos, como se chorasse. "Vânia, o que houve?" falei, preocupado. Ela baixou as mãos devagar, revelando uma face coradíssima, olhos injetados, lacrimejantes e um nariz de onde caía copiosa cachoeira de coriza. Começamos a rir descontroladamente da situação. Depois de uma estada de recomposição no toilette, ela comentou, conclusiva, jurando nunca mais repetir a dose: "se a pimenta da gente esquenta da boca pra baixo, essa japonesa se dana com tudo, da boca pra cima".
(*) Wasabi ou raiz-forte é aquela pasta verde comum nos restaurantes orientais, com a qual se costuma temperar sushis e sashimis.
(**) Bolinho de arroz envolto em alga e recheado com verduras, frutas, peixe cru ou atum.
sexta-feira, outubro 27, 2006
Urubasta
- Preta.
- ...
- Preta?
- ...
- Fala comigo, vai.
- Quer meu perdão? Não dou.
- Esquece isso.
- Você com aquela gaivota?
- Que gaivota?
- Não negue preto, eu vi.
- Viu onde?
- No nosso ninho. Esqueceu?
- Tem certeza de que era eu?
- Conheço cada pena deste seu rabo.
- Estava escuro.
- Tirei uma foto com flash.
- Não desfocou?
- Preto, era você.
- Preta, eu...
- Eu o que?
- Foi só um caso baiano.
- Pois se esbalde no dendê.
- É você quem amo.
- Vá embora!
- Mas preta!
- Me poupe de tanta breguice.
- Desde quando amor é brega?
- O amor é lindo. Brega é ganhar chifres.
- Você não me quer mais.
- Esse papo também é brega.
- E então?
- ...
- Já que é assim...
- ...
- Eu vou embora...
- Preto.
- Sim, minha preta, diga, fale!
- VÁ-PARA-PQP!
Faça como a Urubu-Fêmea, adquira hoje mesmo o seu kit VA-PARA-PQP e renove suas forças diante de quem só quer torrar sua paciência. Um produto CANABRASIL.
quinta-feira, outubro 26, 2006
Vererno
Foto preto e branco? Não. Décimo dia de chuva na Bahia. Chuva e frio. Falando sério. O frio que tinha ido embora, voltou, assim, todo lampeiro. Legal, gosto de frio, mas frio de inverno no verão? Isso é um invernão ou um vererno? Sei lá. Ninguém se espanta. As chuvas dos verões que conheci nunca duraram tanto assim. Falam na TV que "é só uma frente fria". Tá bom. Quero ver o que vão dizer quando, qualquer dia desses, a neve começar a cair por aqui. Aliás, já sei o que vão dizer: "é só uma frente um pouco mais fria".
quarta-feira, outubro 25, 2006
Composição
terça-feira, outubro 24, 2006
Sonho possível
Meu sonho é realizar um longa metragem profissional.
Este post está vinculado ao projeto Sonho Possível, proposto pelo Leonardo, do blog Indizível. Essa idéia pretende reunir blogueiros, que deverão postar um de seus sonhos. Conheça a proposta completa e acompanhe o que dizem os participantes clicando no título do projeto. Da minha parte, convido Aleksandra (do Lágrimas Lavadas), Mariana (do Sítio da Maricota) e Vivien (da Casa da Mãe Joana) para também participarem da idéia.
Obs.: A foto do post de hoje é dedicada a K. e J., com carinho.
segunda-feira, outubro 23, 2006
domingo, outubro 22, 2006
Amizade
sábado, outubro 21, 2006
Mau humor
sexta-feira, outubro 20, 2006
quinta-feira, outubro 19, 2006
quarta-feira, outubro 18, 2006
terça-feira, outubro 17, 2006
Aproximação
segunda-feira, outubro 16, 2006
Mudança
Para onde este barco vai? Vai para onde quisermos. Li dois excelentes posts que tratam de possibilidade de mudança para melhor e da responsabilidade de cada um de nós acerca da realidade objetiva: um no Roccana (15.10.06), com a Ana falando sobre o milionário de Bangladesh que ganhou o Nobel da Paz, e o outro no Caminhos e Movimentos (11.10.06), onde a Thelma, que já mora na Espanha há um tempo, fala de como vê o segundo turno das eleições no atual contexto.
domingo, outubro 15, 2006
Brecht
sábado, outubro 14, 2006
Bonecagens
O Mão Molenga Teatro de Bonecos de Recife (PE), responsável por dar vida aos 800 personagens da série 500 Anos (da qual também participei e que atualmente está na grade da TV Ra Tim Bum), esteve em Salvador no Projeto Palco Giratório do SESC. Apresentaram dois espetáculos: "A cartola encantada" e "Babau". O sucesso foi grande e eles voltarão por aqui logo logo. Na foto abaixo, Carla, Fábio, Tommy (visitante frequente do Liperama, ela trabalhou como continuísta na série e está na foto como amiga e fã do grupo), Marcondes e Fátima
Na foto acima, a imensa 'tenda' de "Babau" no palco do Teatro do SESC-SENAI Pelourinho. No proscênio, da esquerda para a direita, os bonequeiros Fábio Caio, Carla Denise, Andreza Alves, Fátima Caio e Marcondes Lima
Na foto acima, a imensa 'tenda' de "Babau" no palco do Teatro do SESC-SENAI Pelourinho. No proscênio, da esquerda para a direita, os bonequeiros Fábio Caio, Carla Denise, Andreza Alves, Fátima Caio e Marcondes Lima
sexta-feira, outubro 13, 2006
Sexta-feira 13
quinta-feira, outubro 12, 2006
Criança
Hoje também é meu dia. Não deixei de ser criança, apenas incorporei novas vivências. Sou adolescente, sou adulto, sou um pouco de tudo o que vi. Não sou meu corpo, sou minha experiência. Se o que vivi passou, passou não como algo que foi, mas como algo que passou a ser, em mim, para sempre, seja lá o que 'para sempre' signifique.
Obrigado, Aninha, pela lembrança. Eu tinha reservado esta foto para hoje e nem me dei conta de que hoje era hoje.
Bolo de sol
Um deus feliz fez um bolo de sol com sete camadas. Na primeira, usou areia úmida; na seguinte, areia bem molhada e misturada com reflexos cor de ouro; na terceira, espuma de baía bela; na quarta, água de sombra-de-onda-que-vai-quebrar; na quinta, mistura viva de marzão metálico; na penúltima, bem fininha, usou terra firme; e, por fim, arrematou tudo com uma grossa camada de sol, com cobertura de nuvens salpicada de sensações de fim de tarde.
quarta-feira, outubro 11, 2006
Dulcinéia
Hoje as donzelas cavalgam suas próprias bicicletas e sabem lutar sozinhas com os dragões do cotidiano. E o romantismo de salvar e ser salvo por algum herói? Bom, ainda resta aos homens e mulheres serem heróis uns dos outros e salvarem-se mutuamente do desencanto, da incompreensão e da frieza do mundo.
Na foto, a atriz Viviane Madureira na peça 'Quem tem, tem medo', da Remo Produções (Recife-PE), apresentando-se em Salvador-BA.
Na foto, a atriz Viviane Madureira na peça 'Quem tem, tem medo', da Remo Produções (Recife-PE), apresentando-se em Salvador-BA.
terça-feira, outubro 10, 2006
Quixote
O incansável cavaleiro freou seu corcel de duas rodas e olhou para a câmera com o olhar sereno de quem acaba de descobrir que os gigantes que combateu por tantos anos eram, na verdade, simples moinhos de vento.
Na foto, o ator Irandhir Glériston caracterizado como um dos personagens da peça 'Quem tem, tem medo', da Remo Produções (Recife-PE), durante apresentações em Salvador-BA.
Na foto, o ator Irandhir Glériston caracterizado como um dos personagens da peça 'Quem tem, tem medo', da Remo Produções (Recife-PE), durante apresentações em Salvador-BA.
segunda-feira, outubro 09, 2006
Cicatriz
Se a curto prazo o sorriso forçado alivia a dor da ferida, a longo prazo pode cegar para a existência da cicatriz. O problema da cicatriz esquecida não é que ela contenha dor em si mesma. O que dói é aquilo que ela representa, é a lembrança negada que ela traz, do choque vivido que não se pôde enfrentar até o fim.
domingo, outubro 08, 2006
sábado, outubro 07, 2006
Chamado
sexta-feira, outubro 06, 2006
Marola
Não sei exatamente o que é uma marola. Também não fui olhar no dicionário. Suponho que seja um tipo de onda. O nome soa como se ela fosse uma coisa miúda, amistosa, brincalhona, que sai rolando graciosa, quando inventa de aparecer aqui ou ali pelo mar afora. Mas pode não ser nada disso, o que não impede que também seja como a imagino.
quinta-feira, outubro 05, 2006
Limites
quarta-feira, outubro 04, 2006
Platéia
Assistir a ação aparentemente estática dos que estão na platéia é outra possibilidade do espetáculo. Parecem imóveis, pois o grande movimento dos espectadores é na alma. No exterior, somente expressões discretas, poucos sons, cochichos, risinhos, gargalhadas, resmungos, até gritos ou bocejos. Se ficam até o fim, podem aplaudir, vaiar ou, pior de tudo, silenciar, como se nada ali tivesse valido a pena. Mas sempre vale. Teatro é um fenômeno que sempre deixa alguma marca que vale a pena, para quem atua no palco e para quem atua assistindo.
Viviane Madureira, Irandhir Glériston e Arilson Lopes em 'Quem tem, tem medo', da Remo Produções (Recife-PE) - apresentação realizada no Largo do Cruzeiro de São Francisco, Pelourinho, Salvador-BA.
terça-feira, outubro 03, 2006
Mistério desvendado
Ontem finalmente fiquei sabendo o que era essa geringonça superfotogênica que fica no Solar do Unhão e que apareceu em close no post de 19 de maio de 2006. Trata-se de uma moenda de rapé, aquele pozinho que antigamente as pessoas cheiravam. Epa... Um pozinho marrom, derivado do fumo, ok? Hummmm... Fumo que eu falo é aquele comum. Iiiiih. Bom, quando eu falo comum, me refiro ao fumo que vendem legalmente nas lojas. Tá? Deu pra entender o que é rapé? Era o que essa máquina moía. Eheheheh.
segunda-feira, outubro 02, 2006
domingo, outubro 01, 2006
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