quinta-feira, outubro 12, 2006

Criança

















Hoje também é meu dia. Não deixei de ser criança, apenas incorporei novas vivências. Sou adolescente, sou adulto, sou um pouco de tudo o que vi. Não sou meu corpo, sou minha experiência. Se o que vivi passou, passou não como algo que foi, mas como algo que passou a ser, em mim, para sempre, seja lá o que 'para sempre' signifique.

Obrigado, Aninha, pela lembrança. Eu tinha reservado esta foto para hoje e nem me dei conta de que hoje era hoje.

13 comentários:

Anônimo disse...

Pois é Felipe, acabei de visitar a Ana e foi lá que eu descobri que hoje é dia das crianças!! :0

O que me deixou mais "doidjo cabulado" foi que postei no Indizível sobre crianças descobrindo a arte!! :o Acho que foi o inconsciente coletivo de meus patrícios que chegou aqui em Montréal... hehehehe.

GÊNERO CINEMATOGRÁFICO disse...

Apesar de ter TRÊS crianças não postei sobre isso hj...acho que por que todo dia sou delas e elas de mim. Meus filhos, meus alunos, meus sobrinhos, as crianças que limpam o vidro do carro, que vendem limão no sinal, que pedem (ou roubam) dinheiro nas ruas. As crianças são nossas...todos os dias, sempre e a qualquer momento. Felipe é criança ainda. Ainda bem. Daí vem seu maior poder criativo, na minha opinião...Pras minhas hj fiz coisas normais de qualquer mãe. Levei Yna pra escola vestida com uma camisetinha que ela me pediu (tem escrito em inglês: Vc terá que beijar vários sapos para encontrar seu príncipe ARGH!!) para ensaiar uma apresentação de dança, dei um jogo Detetive para Arthur, um livrinho e uns pratinhos (nossa!!) pra Sofia além do seu xarope de tosse antes de domir...
Beijo Flip. Beijo.

Luiz Felipe Botelho disse...

Ih, Leo, me dei conta que fiquei tão curioso pra ver o que tinhas colocado no Indizível, que voei pra lá e nem respondi teu post. :)
Pense num cara curioso!
Igual a pirralho!
E juro que não tenho Complexo de Peter Pan.
[]ão

Luiz Felipe Botelho disse...

Olha, Tchory, só esse comentário teu já vale um post.
Fiquei refletindo sobre tuas palavras e percebi que ter filhos parece ajudar a delimitar essa imagem de adulto que parece anular a imagem da criança na gente. Não tive filhos, mas tb tenho os meus substitutos eventuais, sobretudo meus alunos. Me atrapalhei um pouco com meus sobrinhos, me apeguei muito a eles, mas me dei conta a tempo de me afastar e não cometer essa bobagem.
Sempre sonhei em ter uma família, mas até hoje não rolou. Dizem que sou muito exigente. Talvez seja. Dizem que eu seria um bom pai. Bom, aí, se ser bom pai tem a ver com tentar se comunicar de coração para coração, dar limites agindo de modo franco, aberto e claro, oferecer referências sem que elas se tornem castradoras, eu acho que seria, sim. Mas estou idealizando a coisa. Sei que na prática a gente acaba vendo o quanto de nossos pais se incorporou no adulto que desde criança começou a crescer na gente.
Te admiro imensamente, Senhora Dona Grande Mãe Menina Cynthia.
Bjão

Anônimo disse...

Cynthia, Felipe, quando eu era criança ganhava presente no dia das crianças e no dia das mães. Minha mãe nos dizia que se não fosse por nós (eu e minha irmã) aquele não seria o dia dela. É mole?? Linda minha mãe, para sempre! :)

Luiz Felipe Botelho disse...

Ahahahahahah! Que mãe dez, Leo!
Lindo isso, cara, muito lindo!

Luiz Felipe Botelho disse...

Fiquei matutando sobre essa frase "as crianças são nossas". É verdade, Tchory. Se a gente está ligado e vê uma criança, automaticamente vem o impulso de proteger. Isso me lembra muito como as tribos ditas primitivas vêem suas crianças: "o filho de um é o filho de todos".
Poxa, esse não é um paraíso tão distante de se construir... Parece que nossa sociedade está dormindo e, nesse sono, se destruindo.

Thelma disse...

Que foto linda, Felipe! Teu blog toca o coraçao, com as fotos bonitas e expressivas e com os textos maravilhosos que escreves! Parabéns! Bjs.

Luiz Felipe Botelho disse...

Te agradeço, Thelma! De vez em quando fico me dando conta de como pode ser incrível esta internet, que viabiliza este espaço onde a gente pode se conhecer e se divertir trocando idéias, imagens e emoções, mesmo estando fisicamente tão distantes uns dos outros.
Beijo grande

paty disse...

Estou neste barco Lipe.
Sou uma eterna criança,e me nego deixa-la morrer.Bjs

Ana disse...

Olha a mão do neném da foto...
Meu Deus! Fico derretida!!


Lindos os comentários todos, Lipe... Tens reunido, aqui, pessoas sensíveis, sempre com alguma coisa bonita pra dividir, uma experiência interessante pra contar...
Mérito das tuas fotografias tão lindas e dos teus textos inspirados! Parabéns!

Beijos! Mantenha esta criança fazendo arte e inventando brincadeiras!

Luiz Felipe Botelho disse...

Vamos seguir navegando, Paty. E quer saber o que acho? Que o que permanece na gente é o que a gente está chamando de criança. Só isso. Eu não tenho medo de que minha criança morra, tenho medo é de me deixar iludir com a imagem do meu natural envelhecimento físico e confundir maturidade com enrijecimento das idéias, amesquinhamento dos sonhos e a perspectiva da futura destruição da alma. Isso implica em sofrer e muito.
Viva essa luz de criança - infantil ou adulta - em todos todos todos nós.
Bjão

Luiz Felipe Botelho disse...

Xá comigo, Aninha!
Tu notaste a mãozinha tb, não foi? Muito linda essa criança da foto.

Acho muito bacana poder falar dessas coisas do sentimento quando bate a vontade. E quando entra o pessoal na sintonia, para uma boa troca de impressõs, aí é demais.
São as magias eletrônicas da dimensão blog. :)

Vou repetir o que já disse: que bom que tu voltaste!
Bjão