quinta-feira, outubro 26, 2006

Vererno



















Foto preto e branco? Não. Décimo dia de chuva na Bahia. Chuva e frio. Falando sério. O frio que tinha ido embora, voltou, assim, todo lampeiro. Legal, gosto de frio, mas frio de inverno no verão? Isso é um invernão ou um vererno? Sei lá. Ninguém se espanta. As chuvas dos verões que conheci nunca duraram tanto assim. Falam na TV que "é só uma frente fria". Tá bom. Quero ver o que vão dizer quando, qualquer dia desses, a neve começar a cair por aqui. Aliás, já sei o que vão dizer: "é só uma frente um pouco mais fria".

12 comentários:

Anônimo disse...

Pois é Felipe, o bicho homem está mesmo alterando este planeta. Vou postar um gráfico lá no Indizível logo mais só prá você ter uma noção do tamanho do nosso estrago!! :o

Aqui em Montreal estamos no início do outono e a temperatura média durante o dia já está em 5ºC... e inacreditavelmente, já tivemos a primeira NEVE!!! Em pleno outono!!! :(

Ana disse...

E os dias estão ficando menores... As horas ficando mais curtos!

Este ano passou correndo!
Socoooooooorro!!

Ainda bem que temos este tempo de contemplação... Seja uma foto, uma criança brincando, o vento carregando uma folha, uma núvem brincando de ser algodão doce...
Nestes momentos o tempo pára, até que alguém nos desperta e a vida continua...

Obrigada pelas pausas e pela beleza, Lipe!

Vivien Morgato : disse...

Bahia sem sol deve ser estranho mesmo.;0)
Só fui pra Bahia uma vez, ensolaradissima.

TARCIO OLIVEIRA disse...

Desde criança escuto a gente daqui repetindo as previsões antigas: " O sertão vai virar mar..." ... esse tempo estranho acontece aqui também e me animou! Quem sabe antes de morrer não vou atravessar a ruazinha da minha cidade e lá na margem seca do Rio Pajeú avistar ondas, moçoilas de biquini e surfistas aboiadores?
Abraço do visitante.

GÊNERO CINEMATOGRÁFICO disse...

?por-que-dia-assim-dá-vontade-de-chorar?hein?será-que-é-pq-nós-num-somos-acostumado-por-essas-bandas-de-mar-a-achar-isso-bom?hein?
beijo-bom-beijo-bom-beijo-bom-beijo

...
caramba que comentáio "artche contemporânea" hehe

paty disse...

Esses fenômenos me assustam Lipe.Bjos

Luiz Felipe Botelho disse...

Falou, Léo.
Quando tirei essa foto me lembrei na hora do seu post falando da neve em Montreal. Qual é, não é, velho? Gosto demais de dormir com barulhim de chuva e o frio é massa pra se namorar, mas espera aí, também moro neste barco e está na cara que tem coisa torta aí que precisa ser discutida e, de algum modo, reorganizada, melhorada, sei lá.
:(

Luiz Felipe Botelho disse...

Ana,
você sempre coloca os pólos das questões com tanta clareza que também me vejo provocado a assumir o controle do tempo e repensar tudo o que estou dizendo, para checar se é isso mesmo que sinto ou se estou apenas num fluxo de idéias, como um automóvel desembestado.

O tempo está voando? Está.
Mas ele pode ser pausado em benefício de todos? Pode.
E o que é que se faz com isso?
A 1a. resposta que me ocorre é: praticar!!!

Valeu. Obrigado a ti tb.
Beijo grande

Luiz Felipe Botelho disse...

Fica esquisita, sim, Vivien!
Estou aqui há um tempão e ainda não me acostumei com a paisagem quando vem a chuva. Ainda mais quando tem algum edifício de cartão postal na frente da gente, feito o farol da Barra. Fica meio que uma imagem de sonho. Não digo pesadelo pq não chega a ser feio. É só diferente.
:]

Luiz Felipe Botelho disse...

Ahahahahah!
Legal Tárcio!

Cara, se a gente pensar direitinho nesse lance, é pano 'pras' mangas para um monte de hístórias de arrepiar - tem um lado de fantasia, sim, mas também assustam pelo que significam. Vê só: Recife e Sergipe submersas. Salvador e Maceió, umas ilhazinhas, os antigos topos dos morros. E se isso acontecer, fique certo que sua cidade, além do marzão novinho em folha, vai crescer bastante, com a migração do pessoal das cidades do litoral.
Rapaz, dá até vontade de escrever sobre isso, imaginar uma realidade assim, o impacto disso na cultura do nosso Nordeste, do Brasil como um todo.
Massa demais.

Beleza, Tárcio. Olha, seja bem vindo por aqui. Apareça quando quiser.
Abração

Luiz Felipe Botelho disse...

Maaaaaaaaaaassa demais esse comentário artche contemporânea, Tchory.
Bom porque dá uma aliviada no lance da tristeza chuval. Mas não é mesmo? Também tenho uma tendência a ficar macambúzio no tempo escuro. Uns dois, três dias, ainda dá, mas depois começo a sentir falta das cores. Claro, acho que se demorasse mais tempo, me habituaria, porém, sei não...
Fico imaginando quem mora em lugares frios meeeeeeeeeesmo, como o Léo, lá no nortão da terra.
Beijo-bão-beijo-bão-beijo-bão pra tu também.

Luiz Felipe Botelho disse...

Fica com medo, não, Paty.
Vai ficar tudo bem.
Talvez ajude brincar um pouco com essa história, não para fazer de conta que ela não é séria, mas para a gente se aproximar do tema sem sofrer desnecessariamente com ele.
Criança faz isso, já notou? Ela desenha, inventa histórias, faz teatrinho, usa tudo isso para lidar com as coisas que assustam. Eu adorava ouvir histórias de fantasmas, falar sobre isso. Ajudava a aprender a lidar com o medo.
Penso muito nisso e gosto de fantasiar com esses temas. Melhor do que fazer de conta que não tá acontecendo nada, não é?
Bjão