domingo, julho 02, 2006

Civismo
















Essa foto ensolarada da Ribeira (tirada mês passado) é para comemorar o 2 de Julho, data da heróica expulsão das últimas tropas portuguesas que ainda resistiam na Bahia em 1823, dez meses após a proclamação da Independência do Brasil. É uma festa bem diferente do 7 de Setembro. O exército vai às ruas, sim, mas o faz ao lado do povo, que também ocupa praças e avenidas para celebrar a data. É uma festa que impressiona. Gente de todas as origens, partidos, gêneros e idades festejando, se orgulhando de suas conquistas.

2 comentários:

Ana disse...

Gosto das datas, dos rituais, dos marcos. Eles sinalizam mudanças, cristalizam momentos, definem recomeços.

Luiz Felipe Botelho disse...

Também gosto, Ana. Aliás, acho que você já deve ter notado isso. Gostei do que você pontuou, sobretudo quando você usou a expressão 'marcos'. Muito legal isso. Nunca vi por esse lado. Na verdade momentos como esses, festejos, datas, rituais, significam exatamente isso pra mim, como referências, espécies de placas de sinalização cuja linguagem se define no tempo-espaço, uma comunicação direta e profunda com o mundo, os ciclos e movimentos que ele realiza, as pessoas e criaturas que compartilham dessa dança cósmica toda e tudo isso acontecendo em vários níveis. Níveis, inclusive, que minha compreensão não alcança, mas minha sensibilidade reconhece e se gratifica com aquilo.