Ficar a ver navios soa pejorativo, mas pode significar meditação e encontro de si consigo mesmo, no contato com a imensidão do mar e na reflexão sobre as infinitas possibilidades de rotas das embarcações.
Ahahahah! Estavas cheia de reticências? Quando estou assim me sinto justamente meio como se estivesse 'a ver navios', devaneando diante da imensidão de cada idéia, cada palavra que surge em mim.
Incrível a sintonia do que dizes com o conteúdo da minha dissertação. 'As infinitas possibilidades remetem às escolhas...'. Eu to trabalhando isso. O passado, presente e futuro de cada personagem são construções delineadas por uma cadeia de escolhas. Cada escolha implica numa direção, implica em perdas (o que se deixa de fazer) e em ganhos (o que efetivamente se faz). Então, "viver é optar e optar é perder/ganhar" (Austro Queiroz, pensador contemporâneo) . É assim. Vale a pena se acostumar com isso, pois se perder é uma condição da existência, que sentido há em sofrer pelo inevitável? Que sentido há em não dar atenção aos ganhos (o que se viveu/vive/viverá), em benefício de se ater ao que se perdeu (o que não se viveu/vive/viverá)?
Putz! Adorei refletir sobre isso. Te agradeço a expressão dos teus sentimentos, que acabaram me provocando essas reticências preenchidas em mim e que agora partilho contigo.
Ah, Upa, que legal me trazeres até estas palavras que escrevi há dois anos e que me chegam tão vívidas e até mais atuais do que quando as escrevi. Vê se pode! Claro que pode. A gente ainda não viu nada das possibilidades dessa existência.
4 comentários:
As infinitas possibilidades remetem às escolhas...
Sempre que escolhemos uma rota, sem muita convicção, vivemos a nostalgia das que ficaram pra trás...
Tô cheia de reticiências, hoje! :)
Ahahahah! Estavas cheia de reticências? Quando estou assim me sinto justamente meio como se estivesse 'a ver navios', devaneando diante da imensidão de cada idéia, cada palavra que surge em mim.
Incrível a sintonia do que dizes com o conteúdo da minha dissertação. 'As infinitas possibilidades remetem às escolhas...'. Eu to trabalhando isso. O passado, presente e futuro de cada personagem são construções delineadas por uma cadeia de escolhas. Cada escolha implica numa direção, implica em perdas (o que se deixa de fazer) e em ganhos (o que efetivamente se faz). Então, "viver é optar e optar é perder/ganhar" (Austro Queiroz, pensador contemporâneo) . É assim. Vale a pena se acostumar com isso, pois se perder é uma condição da existência, que sentido há em sofrer pelo inevitável? Que sentido há em não dar atenção aos ganhos (o que se viveu/vive/viverá), em benefício de se ater ao que se perdeu (o que não se viveu/vive/viverá)?
Putz! Adorei refletir sobre isso. Te agradeço a expressão dos teus sentimentos, que acabaram me provocando essas reticências preenchidas em mim e que agora partilho contigo.
Beijão
Felipe
bem dito, lipe..
ficar a ver navios pode ser sim.. perceber e dar passagem a um outro estado de ser.. abraços
Upa
Ah, Upa, que legal me trazeres até estas palavras que escrevi há dois anos e que me chegam tão vívidas e até mais atuais do que quando as escrevi. Vê se pode! Claro que pode. A gente ainda não viu nada das possibilidades dessa existência.
Beijo grande
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