terça-feira, fevereiro 13, 2007

Barcos

5.
Vem do passado a romântica
sugestão de velas pandas.
Itinerários de descobertas,
roteiros de constelações,
ilhas remotas habitadas
por estranhos povos inocentes
--- pele morena, olhos ariscos,
porte severo, movimentos puros
de corpos ao vento e ao sol.

Narciso de Andrade, poeta santista, aqui presente via Aleksandra Pereira.











6 comentários:

Aleksandra Pereira disse...

Que fofo, Lipe!
Narciso é um poeta e tanto. Tinha um projeto para contar sua história, pesquisa quase pronta, mas a minha sociedade foi para o espaço e me deixou prejuízos muito maiores que os materiais.

O poeta esse ano completa 82 anos,
com vários anos de publicações nos jornais locais, mas nunca em livro. Ainda não. Ele está hoje em cadeira de rodas, teve mais uma complicação ano passado, e às vezes nos abandona um pouquinho. Mas quando está por aqui revela histórias lindíssimas, reforçadas nos fatos pela amada e primeira leitora, dona Amélia.

E ele ainda entrevistou o Drummond.

Beijos procê e para o poeta, ambos merecem!

Anônimo disse...

Nem sei se sei viver assim perto de tanta água...

Luiz Felipe Botelho disse...

Maior prazer postar um trecho dessa poesia, Alê. Ainda mais agora com esses detalhes que me dás sobre o Narciso.
To torcendo para esse livro sair e que o poeta possa desfrutar desse merecidíssimo prazer.
Manda um grande abraço pra ele.
Beijão

Luiz Felipe Botelho disse...

Só experimentando, sócio. ;)

TARCIO OLIVEIRA disse...

As composições monocromáticas
mar-ceu-barco são belíssimas.... mas digo quenem Leonardo: não sei se sei viver assim perto de tanta água... dá uma aflição nos pés, uma falta de ar no peito....
-
Abraço, cumpade Felipe.

Luiz Felipe Botelho disse...

Apois vá se acostumando, cumpade. Tá esquecido que o sertão vai virar mar? :)
Abção