quinta-feira, julho 06, 2006

Cumeeira


A casa se foi, mas a beleza que havia nela ficou de algum modo resistindo, nos tijolos e telhas, nas plantas insistentes nascendo pelas frestas, no casamento da casa com a paisagem.

6 comentários:

Ana disse...

Que foto lindaaaaa!

Aqui no sul chamamos "tapera", uma casa que é abandonada e entregue à natureza...

Sempre tão triste e raramente tão bonita, como esta foto que tiraste...

Anônimo disse...

A foto e o olhar sobre o que restou de um lar ficaram muito bonitos mesmo, Felipe.
Ana, aqui no nordeste chamamos de Tapera a uma casa paupérrima, independentemente de estar abandonada.Diferenças regionais, mas que dá tudo no mesmo lugar e no mesmo entendimento.

Luiz Felipe Botelho disse...

Obrigado, Ana.
Também achei linda quando vi. Como sempre, achei por acaso, andando no centro da cidade. Fica na encosta ao lado da praça Castro Alves.
Acho poético esse nome, tapera. Tem uma cidade lá em Pernambuco que se chamava Tapera, mas os habitantes não gostavam, achavam depreciativo. Mudaram pra Bonança. Eu preferia o outro, mas, sei lá a conotação que eles davam...

Luiz Felipe Botelho disse...

Obrigado tb, Cidinha.
Bonito isso que falaste, 'o que restou de um lar'. Não tinha me tocado para isso. Era um lar, sim.
A tua explicação de tapera me fez entender melhor o lance de Bonança que falei acima pra Ana. Se a turma não se sentia bem morando num lugar com um nome de que não gostavam, tinham mais é que mudar mesmo.

Anônimo disse...

Felipe
Eu não sabia que Bonança já foi chamada Tapera, um dia. Olha o nome que era e o que escolheram...passaram de um extremo a outro. Penso que queriam se livrar do estereótipo de pobreza de qualquer jeito, e acho que devemos mudar quando algo não nos faz bem.

Luiz Felipe Botelho disse...

Falou, Cidinha. É isso aí. Se incomoda, a gente tem mais é que mudar. Naturalmente a gente faz isso, não é? Quando a gente se cansa de ficar numa determinada postura, o corpo mesmo pede a mudança.