terça-feira, agosto 01, 2006

Bem-te-vi
















Minha infância tem marcas de bem-te-vis, com seu canto forte-feliz, trilha sonora de brincadeiras, estudos e descansos, lembrança de balanços de rede, conversas na calçada, portas abertas, portas fechadas, sorrisos, lágrimas, a cor viva do mundo nas auroras e finais de tarde, perfume de plantas e terra molhada, minha inocência, minha essência.

4 comentários:

Ana disse...

Tua infãncia deve ter sido linda demais...
Doce lembrança de quando éramos tão puros e tão cheios de imaginação. Tudo era tão mais bonito...

Luiz Felipe Botelho disse...

Minha infância teve de tudo um pouco, Ana. Coisas alegres e tristes que ficam com cara de poesia quando a gente se lembra delas.

Ana disse...

As tardes eram tão compridas, as férias intermináveis... Cheiro de bolo e alegria genuína, com coisas simples de se tocar...
Infância boa é assim, acompanha a gente pela vida à fora!

Luiz Felipe Botelho disse...

É verdade. Fico até refletindo sobre as impressões da memória. São tão fortes que não posso chamar isso de 'passado', tão presentes que estão. Acredito que a gente É mesmo tudo o que a gente vive. O que a gente 'foi' é porque isso nunca teve nada a ver com a gente. Mas o que a gente sente como algo vivo (e arrebatadoramente feliz, ainda que arranque lágrimas), esteja no que é chamado de memória ou no calor da experiência dita concreta do que chamamos de presente, isto sim, é que acredito que seja o Ser.