quinta-feira, agosto 03, 2006

Vigilante

De certos ângulos as construções até lembram criaturas. Talvez até sejam, seres imóveis, silenciosos, quase sempre acolhedores das expectativas e necessidades dos que os constróem.

Forte de Santo Antônio (Farol da Barra), Salvador - BA

2 comentários:

Ana disse...

Acho que nós, as criaturas, em muitos momentos gostaríamos de ser assim: construções com alicerces profundos, grossas e resistentes paredes, fortes o suficientes para enfrentar as intempéries e a passagem do tempo.
Mas basta passar uma borboleta, voando livre, em toda a sua fragilidade e finutude, que revemos as nossas idéias.
Somos um pouco de tudo. Temos asas e raízes. Somos eternos e etéreos, fortes e frágeis. E é isso que me encanta e me assusta.

Luiz Felipe Botelho disse...

Belo mergulho, Ana. É incrível como tudo o que construímos neste mundo corresponde ao que já existia, de algum modo, dentro da gente: sonhos, expectativas, pontos-de-vista, desejos, pensamentos. Nossos corpos são frágeis em muitos contextos mas admito que há uma força tremenda que não sei se vem do corpo - não parece que vem dele - ou do que chamamos de alma, que aparentemente constrói toda uma realidade material segundo nossas idéias. Confesso que também me assustam - e me encantam - esses paradoxos que vivem na gente.