sexta-feira, novembro 03, 2006

Mais manias



















Mariana também me indicou para essa rodada de manias, então, inspirado pelo que Cynthia já fez comigo uma vez, vou atender também ao convite daquela outra comparsa querida. Aproveitando a onda de liberação geral que atingiu a blogosfera, estou postando mais cinco manias, desta vez focadas em algumas intimidades paradoxalmente inconfessáveis que serão confessadas aqui e agora:

1. Cantar. Mas sou tímido, raramente faço isso em público. Não sei se quem ouve gosta, mas eu adoro.
2. Ler gibi no sanitário e ficar lá muito tempo além do necessário, só porque gosto de ler ali. Sim, eu sei que não sou o único.
3. Acender fósforo depois de usar o banheiro para finalidades sólidas, como um gesto de piedade para com o próximo.

4. Andar descalço, sentar ou deitar no chão, sentar de cócoras, essas coisas de índio. Sempre que tenho oportunidade, faço isso.
5. Da minha suposta ascendência indígena também herdei a mania de ficar pelado em casa. Aqui em Salvador quase não rola por questões de contexto, mesmo: no primeiro apartamento em que morei aqui, o prédio vizinho tinha visão privilegiada da minha casa - se quisesse ficar nu tinha que fechar janela e cortina e no calor que faz por aqui, isso é fatal; no segundo apartamento, estou dividindo a morada com duas pessoas que não iam gostar de me ver no exercício desta minha mania. Pelado, só no banheiro, que não tem a menor graça, ou então no quarto fechado, que é melhor que nada.


E priu!

23 comentários:

Mariana Mesquita disse...

Ahahahaha. Beijo, menino lindo. Bom saber que vc faz parte da minha tribo!

Eu também tenho mania de cantar. No banheiro. Na sala. Na rua. No ônibus. Quando estou bêbada, então, é tiro e queda. As opiniões sobre a voz divergem, mas normalmente canto melhor quando estou distraída...

Mariana Mesquita disse...

PS- Gostei da fotinha close-up absoluto do olhar.

Anônimo disse...

Eca!!!!! :o

[]s

paty disse...

ahauhauahau...muito legal estas tuas manias inconfessáveis Lipe. Tmb adoro andar descalça, sentar-me de côcoras e deitar-me ao chão, sinto-me reabastecida com isso.As vezes curto abraçar uma arvore afim de renovar as energias.Amo cantar, e se estou em casa exercitando trabalhos domésticos, não tem jeito, preciso cantar, se não nada funciona,rsrrs. Durmo nua, roupa nessa hora me incomoda e muito.
P-S: Amei a foto, porém seu olhar revela uma angustia muito acentuada, um vácuo...é como se vc estivesse olhando um horizonte perdido. Como se vc ocultasse algo.
(me desculpe a liberdade e tmb se estou equivocada. Mas lido com essa terapia(leitura corporal)diáriamente, e não pude deixar de falar). Mais uma vez desculpe. Bjão

Mariana Mesquita disse...

Eu também só sei dormir pelada... Ahahaha.

Anônimo disse...

Felipe,

Trocou de óculos camarada??? Este ficou bom, mais moderninho!

Agora que passou o trauma posso comentar... ahhh... ehhhh... hmmmm....

Não, acho que o trauma ainda não passou! :D

Abraço,

Luiz Felipe Botelho disse...

Êêêêê!
E é bom, né, Mariana?
Muito bom esse negócio de cantar. Se eu fosse uma pessoa menos tímida meus vizinhos iam ter que se cuidar. :)

Ah, sim! Distraído rola bem melhor. Já bebunzinho, eu não garanto lá essas coisas todas, não.

Beijo MariMana Cantajara

Luiz Felipe Botelho disse...

Ahahahahahah!
Falou, Léo! Nestas cisrcunstâncias, pelo que a gente já se conhece, o eca cai bem melhor do que as reticências.
:D
[]ão

Luiz Felipe Botelho disse...

Opa! Mais uma da tribo.

A leitura do olhar tá ótima. Não me chateio, não. Essa foto foi tirada num barzinho, numa sexta feira. Na verdade é o detalhe de uma foto maior com mais duas pessoas. Nós três usamos óculos e resolvemos trocá-los e tirar uma foto assim.

O horizonte vazio é como me sinto em lugares barulhentos onde gente que se conhece está junto de gente estranha, tudo parecendo a maior festa mas, na verdade, tudo está como que suspenso no ar, não há nada que nos una de fato, senão a proximidade fisica e os papos codificados que a gente repete uns para os outros.

O que escondo ali? Escondo eu mesmo. Meu desconforto diante da superficialidade e da necessidade que tenho de não me expor demais. Parece que quando a gente se expoe, quem está junto da gente, por se sentir instada a se expor também, prefere meter o dedo na ferida da gente como forma de proteger a si mesma.

Angústia? Sim. De ter que lidar com tudo isso, coisas que me parecem, a primeira vista, tão inúteis, que só distanciam a gente.
Fiquei curioso de ver meu olhar numa beira de praia, sem a agonia de um barzinho e sem o peso de nenhum jogo de aparências.

Obrigado pela análise, Paty, e pela oportunidade de me ver através de meus olhos.
Bj

Luiz Felipe Botelho disse...

Ahahahahahah!
Valeu, Mari!!!!
Olha, é isso aí que eu falo, não é fácil a gente se expor.
Dormir pelado é maravilhoso, sim!
Andar pelado tb deve ser. Ainda quero ir em Tambaba! (Tambaba é uma praia da Paraíba onde se pratica o naturismo)
Beijo, linda!

Luiz Felipe Botelho disse...

Ahahahhahahahah!
Léo, tu não existe! Rolo de rir com teus comentários!

Esses óculos são moderninhos mas não são meus. Eu e mais duas míopes trocamos de óculos e tiramos uma foto juntos. A imagem do post é um detalhe da minha cara na tal foto.

E, calma, você vai conseguir superar esse choque inicial. :)

[]ão

Vivien Morgato : disse...

Um amigo veio me visitar em minha casa nova e disse: "adorei sua
casa, mas tem muita janela, janela grande, como é que daria pra andar pelado??"casa da gente tem que poder andar pelado....segundo ele.
Beijocas.

TARCIO OLIVEIRA disse...

A do fósforo é boa! Eu também risco os meus, em todo lugar de casa, não somente no banheiro, porque como muito brebôte, fico com os fatos insuportáveis....:-)
Coloquei as minhas cinco manias no blog. Passa lá.
Grande abraço.

Luiz Felipe Botelho disse...

Ahahahahahah!
Que onda, Tárcio!!! Não é só brebote, não. Comida natural tb faz isso. A minha alegria é que aqui venta muito e aí, as janelas abertas garantem o bem estar aromático do meio ambiente doméstico. Já o wc... Fósforo nele!!! :)

Acabei de vir do teu blog. Deixei comentário lá.
Abração

Anônimo disse...

Entrando na onda do "eca", aqui em casa tem incenso e purificador de ar no banheiro mas eu nem sempre uso, mas quando a coisa fica feia pro meu lado na hora em que "the nature calls" aí é que eu não uso mesmo... daí quando a patroa reclama, eu digo: - Respira fundo que passa!!!!!!!!!

hahahahahahahha

Mariana Mesquita disse...

Esse papo vai dar em merda... ops.

Mariana Mesquita disse...

Falando em Tambaba: uma amiga cinquentona foi. Aí chegando lá, tava toda felizinha na areia, quando não mais que de repente, surge O CHEFE DELA. A pobre saiu correndo, se enfiou dentro do mar por quase duas horas, ficou toda engelhada. Foi quando o dito cujo se aproximou da beira d'água e falou assim: pode sair, fulana, que eu já tou indo embora!

Ahahaha.

Eu morro de medo de ir pra Tambaba e encontrar algum aluno, eles sempre me acham quando estou fazendo algo de bom e "errado", é impressionante isso. Praia de nudismo só quando tiver dinheiro pra ir pra Europa, uia!, que chique.

Beijo!!!

Luiz Felipe Botelho disse...

Ahahahahah!
Coitada da tua patroa!
Deixa de ser pirangueiro, Léo, e usa pelo menos um fosforozinho!
[]ão

Luiz Felipe Botelho disse...

Oxe, Mari!
Já tinha dado nela desde o post (quem mandou eu falar do número 2... ou será 3?)!
Beijo

Luiz Felipe Botelho disse...

Ahahahahahahah!
Tua amiga só fez piorar o mico.

E quer saber? Se tu tens essa tendência a atrair o alunado nesses momentos proibidos, não duvido que apareça algum mesmo que estejas na Indonésia. Esse mundo é pequeno, Mari!

Bom, da minha parte, só vou saber como eu reagiria quando passar pela experiência. Mas eu acho que a reação de desconforto de encontrar alguém conhecido é bilateral. Duvido que alguém não se toque. Há quem finja melhor, mas não quem passe batido numa hora dessas. Só se estiver cheio das canas.

Um casal amigo pagou mico também. A primeira vez que foram lá, o cara de repente ficou excitado e teve que passar um tempão emborcado na areia (lá é proibido ficar com a excitação exposta ao público). Os dois ficaram lá ele deitado na areia e ela do lado, no maior ataque de riso. Riam tanto que chamaram a atenção de um guarda (pelado tb.) que foi ver o que estava acontecendo. Quando olharam para o guarda aí foi que os dois riram mesmo. Até o guarda riu. As pessoas passavam e se aproximavam, perguntando o que estava acontecendo. Juntou gente pra olhar, sem entender nada. Micasso. A sorte é que o guarda entendeu a situação, falou umas coisas lá e acabou tudo bem.
Isso foi há uns cinco anos, mas até hoje eles sempre vão lá. Adoram, apesar desse começo constrangedor.
:)
Beijão

Aleksandra Pereira disse...

Mas ler no banheiro é muuuuuuito bom. Eu esqueço da vida.

Luiz Felipe Botelho disse...

É exatamente esse o espírito do problema, Vivien.
As janelas eram grandes e o prédio da frente ficava a apenas vinte metros do meu. Quando lembro é que me dou conta de que eu morava numa vitrine!
Beijão

Luiz Felipe Botelho disse...

Pois não é, Alê?
Já ouvi o percussionista Naná Vasconcelos falar uma vez que o lugar predileto dele para criar era justamente o banheiro.
:)